Página #1 - A Lua (J. H. Paschoal)

E aqui está a primeira resenha do blog! Como já vi várias discussões sobre o que é ou não resenha, quero deixar bem claro que o gênero resenha será tratado aqui como um "texto de origem opinativa e, portanto, reúne comentários de origem pessoal e julgamentos do resenhador sobre o valor do que é analisado" (Wikipédia). Não sou crítica literária e também, neste caso, nunca li nada que chegasse nem perto do gênero ficção científica, por isso esse texto contém apenas a minha visão de marinheira de primeira viagem, ok?
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          Máquinas imensas, tecnologia avançada, vocabulário científico, quarta dimensão. Ficção científica ou fantasia científica? Não faço a mínima ideia e isso pouco importa também. O fato é que A Lua, primeiro livro da trilogia Primeira Alvorada, é sensacional!


“O jovem Arthur vive em um mundo congelado e perigoso, onde a união das pessoas em abrigos subterrâneos é o meio de vida mais seguro. Quando seu avô morre e lhe deixa uma maquina robô de herança, Arthur descobre ser o último descendente de uma lendária família de exploradores e líderes, a família di Drako. Junto com Ânia, sua fiel amiga, e com Sora, um soldado experiente, as circunstancias levam ele para uma jornada em busca do passado perdido de seus ancestrais. Uma viagem perigosa pela superfície, em um mundo inóspito e pouco explorado, onde conhecerão pessoas de outros abrigos, enfrentarão assaltantes das neves, selvagens e os temidos fantasmas (espectros invisíveis que assombram a superfície). Começa uma verdadeira luta pela sobrevivência, e uma busca desesperada pelo passado lendário de uma família. Batalhas épicas, máquinas incríveis, guerreiros corajosos e um mundo vasto de fantasia criam uma história de ritmo cativante, repleta de ação.”

          A Lua se passa numa época futura onde as pessoas vivem sob a terra, em abrigos criados por seus ancestrais. Milhares de anos antes do momento em que a trama de Primeira Alvorada se desenvolve, a Terra passou por tempestades e o frio tomou conta do mundo todo, por isso as cidades foram abandonadas e esses abrigos passaram a ser a única forma de sobrevivência.
          Toda a energia é reaproveitada através de máquinas (para ilustrar isso, cito uma cena em que um personagem morre e o seu corpo é absorvido por uma máquina que separa os nutrientes dos dejetos), e as pessoas só podem sair dos abrigos a noite (pois a claridade do Sol queima de uma maneira extrema) ou pilotando seus SAMs (Sistema Avançado de Movimento).
          É nesse mundo completamente estranho aos nossos olhos que Arthur, após perder seu avô, descobre que é o último descendente dos di Drako. Assim, munido de seu SAM, Drakon, e das informações deixadas por seu avô, ele parte em busca de respostas, juntamente com sua amiga Ânia. sinto cheiro de romance aí, será?
          Pra mim a história não teve um grande conflito, tanto que o clímax só vai acontecer lá nas últimas páginas do livro. Por isso, eu entendo que o desfecho só vai se dar no final da série mesmo, o que faz com que fiquemos malucos pra ler a continuação.
          De qualquer forma a narrativa foi um exercício fantástico de imaginação. Eu amei o mundo que o autor criou, é tudo muito genial e totalmente diferente da nossa ideia de mundo, tanto os valores quanto o dia-a-dia dos personagens. Pra vocês terem ideia, o ato de chorar é, pra eles, um desperdício de água! Tem ainda a questão da quarta dimensão e dos seres que pertencem a essa esfera, só podendo ser vistos por equipamentos específicos ou por pessoas que possuem a quarta parte.
          E pra melhorar ainda mais a experiência de leitura, foi criado um site onde podemos encontrar uma infinidade de informações extras, explicações e desenhos de tudo que tem no livro, mapas, armas, abrigos, personagens. É sensacional! De verdade, eu estou impressionada com esse mundo todo que o J.H. Paschoal criou e apaixonada pela trilogia, lendo apenas o primeiro livro. Parabéns ao autor e a Editora Idea! A diagramação e a revisão do texto estão ótimas.


*Ganhei esse livro em um sorteio no site Psychobooks, em parceria com a Editora Idea.
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